A CIMLT há muito que investe na área da cartografia, de modo a fornecer aos seus municípios associados ferramentas e bases fiáveis de trabalho. O primeiro concurso de aquisição de cartografia foi elaborado em 1998 no âmbito do Protocolo Procarta realizado em parceria com o Instituto Geográfico Português (IGP).
Com este processo, pela primeira vez, os Municípios da Lezíria foram dotados de cartografia num formato digital a uma escala intermédia, permitindo tanto uma análise do território no seu conjunto, como uma análise mais detalhada. Juntamente com a cartografia 1:10000, foram executados ortofotomapas (fotografias aéreas sequenciais realizadas numa determinada data, orto rectificadas).
Já em 2007 foi lançado um novo concurso que tem em vista a actualização da cartografia à escala 1:10000 e produção de novos ortofotomapas, que assume a maior importância tendo em conta a dinâmica e as alterações constantes a que está sujeito o território.
A cartografia à escala 1/2000 foi executada apenas para os aglomerados urbanos definidos por todos os Municípios Associados, cobrindo uma área total de cerca de 44 000 ha. Sendo esta cartografia mais detalhada e rica em pormenores, os municípios passaram a ter ao seu dispor uma ferramenta mais adequada à análise urbana, uma base de trabalho mais ajustada para planos de urbanização ou de pormenor. Actualmente esta cartografia encontra-se num processo de homologação por parte do IGP, entidade reguladora da actividade cartográfica em Portugal.
Ainda em 2003, iniciou-se outro grande projecto no âmbito do Ribatejo Digital e do protocolo de cooperação assinado com o IGP, o da Vectorização do Cadastro Rústico para todos os concelhos da Lezíria do Tejo. O Cadastro é o registo geográfico e matricial onde estão descritos e avaliados os prédios urbanos e rústicos, de onde se obtém informações da maior relevância para a administração do território, como por exemplo: uso e regime da propriedade, áreas de ocupação e identificação de proprietários.
A concretização de todos estes projectos de cartografia digital são um enorme passo para a modernização dos serviços técnicos municipais, para além de, como já foi referido, serem bases de trabalho para os mais variados efeitos.
A Cartografia Digital é ainda a base de sustentação dos SIG – Sistemas de Informação Geográficos.
O projecto de SIG mais significativo que a CIMLT desenvolveu foi o dos Roteiros Municipais (também disponíveis para consulta nos serviços on-line). A partir de uma base geográfica (neste caso, cartografia à escala 1:10000) foi realizado um extenso trabalho de campo com o objectivo de recolher toda a informação referente à toponímia de vias, números de polícia e dados de edifícios, para além da recolha de toda a actividade económica presente em cada concelho.
Todo este vasto volume de informação foi inserido e organizado em bases de dados alfanuméricas, sendo posteriormente essas bases de dados associados à informação geográfica. Assim, passou a ser possível pesquisar moradas ou actividades económicas por concelho, com visualização dos resultados da pesquisa num mapa, ou seja ter um roteiro digital interactivo.
São muitos os projectos implementados com recurso a SIG, em suma todos aqueles em que haja uma dispersão de dados e que seja necessário organizar de forma a que se compreenda como se reflectem no território. Nesse âmbito têm sido organizados SIG nos seguintes campos:
- Carta de Ruído,
- Educação,
- Loteamentos das Zonas Industriais,
- Redes de telecomunicações (no âmbito da rede de Fibra Óptica),
- Elevadores (no âmbito de processos de inspecção),
- Instalações de combustíveis (no âmbito de processos de licenciamento municipal)
- Sinalética Turística.
Os Sistemas de Informação Geográfica desenvolvidos são também as ferramentas que sustentam as aplicações das Plantas de Localização ou de Consulta aos PDM, que estão disponíveis nos serviços on-line, bem como nos serviços dos Municípios permitindo uma simplificação de tarefas e um aumento de eficiência.