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Natureza

 

Pegue na máquina fotográfica, vista-se a preceito para uma caminhada e à descoberta das belezas naturais que a Lezíria lhe oferece. Deixamos algumas sugestões. O resto, deixamos por conta da sua imaginação... 
 
Conheça aqui alguns desses locais:
 
 
Reserva Natural do Estuário do Tejo
 
Uma mancha húmida, à volta dos rios Sorraia e Tejo, peculiar poiso de uma vastíssima fauna, constitui a mais nobre porta de entrada, a Sul, na Lezíria do Tejo
Por terras de Benavente, englobando os vastos campos da Companhia das Lezírias, encontramos a Reserva Natural do Estuário do Tejo. Aqui vê-se o respeito e a paixão que as gentes ribatejanas têm pela natureza. 
De dimensões impressionantes – 14 560 hectares –, a Reserva está inscrita na lista de zonas húmidas de importância internacional, especialmente como habitat de aves aquáticas. A Reserva Natural do Estuário do Tejo, uma das dez mais importantes da Europa Ocidental, é, na sua maioria, constituída por zonas de lamas esturianas, sapais, açudes, salinas, mouchões e terrenos agrícolas, que explicam a diversidade de espécies animais e de vegetação.
Neste magnífico espaço o visitante pode deliciar-se a ouvir e observar belos exemplos de aves aquáticas, que encontram aqui um local ideal para repousar e se alimentarem nos seus percursos de migração da Europa para a África Ocidental e admirar as inúmeras espécies residentes. 
Para além da observação privilegiada das aves aquáticas, visite também os Arrozais da Giganta de grandes dimensões e verá as grandes plantações de arroz. Portinho de abrigo à pesca artesanal é o Lugar Hortas. Daqui observa-se a imensidão de todo este estuário, perdendo o visitante o horizonte da vista. Viaje até ao Sapal das Pancas. Aqui a paisagem não é azul: salta a imensidão do verde, o extenso verde. A Ponta da Erva, o Cais Mouchão e o Alcamé, com a sua modesta capela situada na Lezíria, constituem pontos obrigatórios que o turista não poderá deixar de visitar, pela sua singularidade.
 
 
Reserva Natural do Paul do Boquilobo
 
Meio caminho andado entre a fria Europa do Norte e as terras quentes africanas, o Paul do Boquilobo junta, todos os anos, uma rica e distinta fauna avícola que aqui repousa na sua viagem intercontinental.
No compacto manto vegetal do Paúl do Boquilobo, a flora, pertença da aristocrática vila da Golegã, completa a beleza deste singular lugar Ribatejano. 
Capital do Cavalo, a Golegã pode orgulhar-se também de possuir belos cenários verdes. A Reserva Natural do Paúl do Boquilobo, pertença até ao século XV das ordens do Templo e de Cristo, é um desses exemplos, mesmo às portas deste belo concelho. 
Criada em 1980, incluída na rede de Reservas da Biosfera do programa MAB – UNESCO, na lista de sítios da Convenção Internacional de Ramsar e zona de Protecção Especial para a Avifauna, esta reserva, atravessada pelo rio Almonda, além de conservar uma grande riqueza ornitológica, é, ao mesmo tempo, refúgio da maior colónia de garças da Península Ibérica. 
Apresentando variações do nível de água ao longo do ano, este paúl é atravessado por inúmeras valas e respectivas pontes, que fazem deste local um verdadeiro paraíso onde o visitante se perde na imensidão da riqueza florestal.
 
 
Parque Natural das Serras D'Aire e Candeeiros 
 
Situada na fronteira entre a região estremenha e o Ribatejo ergue-se uma paisagem única em Portugal: a dos grandes maciços calcários das Serras de Aire e Candeeiros. 
A criação desta área protegida aconteceu em 1979, abrangendo cerca de 38 900 hectares, distribuídos por sete concelhos: Alcobaça, Porto de Mós, Alcanena, Ourém, Rio Maior, Santarém e Torres Novas. 
Zonas de pedra, as Serras D'Aire e Candeeiros distinguem-se da restante paisagem pela sua altitude – 678 m e 615 m respectivamente – podendo apreciar-se toda a paisagem circundante. Distinguem-se ainda pela particularidade das tradições das suas populações. 
No alto da Serra de Candeeiros o visitante pode sentir-se nas “nuvens” e reparar em cada pormenor de uma belíssima paisagem, que se estende desde Peniche ao Cabo da Roca e de Sicó a Torres Vedras.   As características morfológicas e litológicas destes maciços calcários estremenhos surgem como únicas em todo o nosso Portugal, pelo efeito da erosão cársica, que provoca visíveis falhas e dobras, por onde se estendem finos caudais de alguns rios portugueses – Alviela, Almonda, Lena, Liz e Maior – e se alimenta uma vasta linha de águas subterrâneas, em anos de maior pluviosidade. 
Terra de algares e de grutas, reino de espeleologia  e também da arqueologia, caminhe pela irregularidade e pelo cinzento do terreno e suba ao ponto mais alto da Serra de Candeeiros, Marco Geodésico de Candeeiros, onde emana o agradável cheiro de muitas ervas aromáticas e belas flores que “rebentam” em cada fenda. Paragem obrigatória é o Polge de Mira-Minde. Considerada como uma das formas mais interessantes da morfologia cársica, os polges apresentam-se como grandes depressões fechadas em forma de lago, inundadas durante três a quatro meses durante o ano. 
A bravura do calcário entoa-se, também, na Quinta da Mureta, onde o visitante pode sentir o fresco da diversa vegetação. Mundo dos contornos, quase “desenhados”, de muros e murinhos, o visitante pode descobrir toda a beleza natural do Parque Natural da Serra d’Aire e Candeeiros. 
O Sopé da Serra dos Candeeiros é obrigatória a visita às Salinas de Rio Maior, também conhecidas por Marinhas de Sal. O Norte do concelho de Rio Maior integra-se na área protegida do Parque Natural das Serras D´Aire e Candeeiros, da qual também fazem parte as Salinas. As Salinas, ou Marinhas de Sal, distam 3 km de Rio Maior e encaixam-se num vale tifónico no sopé da Serra dos Candeeiros, rodeadas de arvoredo e terras de cultivo. 
O conjunto apresenta-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, junto à qual se destacam uns curiosos tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada dando origem a grandes pirâmides de sal. A visita a este local vai, com toda a certeza, ficar-lhe na memória.
 
 
Salinas de Rio Maior
 
As Salinas de Rio Maior, as chamadas Marinhas de Sal, encontram-se em pleno sopé da Serra dos Candeeiros, a trinta quilómetros do mar. Rodeadas de arvoredo e terras de cultivo, as Marinhas de Sal apresentam-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, onde se destacam uns peculiares tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada e dão origem a verdadeiras pirâmides de sal.
Todos os anos, aproximadamente entre Maio e Outubro, Casimiro Ferreira desce às Salinas para se dedicar à faina do sal sem mar. É Presidente da Direcção da Cooperativa dos Produtores de Sal de Rio Maior, tem 75 anos e trabalha há mais de 60 nesta actividade. “Vim para aqui com 10 anos ajudar o meu pai, vinha trazer-lhe o almoço e o jantar e, às vezes, a ceia. Trabalhavam de noite e de dia. Noutros tempos era assim. Depois comecei a fazer também algumas coisinhas e fiquei por aqui. Tive possibilidades de arranjar bons empregos noutros lados, mas apaixonei-me por isto”.
É uma lida cuja história começa há 200 milhões de anos, quando o mar ainda ocupava este lugar. Ao recuar, o mar deixou inúmeros fósseis de animais marinhos, que ainda podem ser encontrados na Serra dos Candeeiros, e um lago que foi secando, mas que deixou no local, a 60 metros de profundidade, uma mina de sal-gema. Por esta mina passa uma corrente de água, cujo caudal dá origem a água sete vezes mais salgada do que a do mar. 
Reza a tradição que o poço actual foi aberto devido ao acaso. Uma rapariga que trazia a pastar uns animais tentou beber água numa poça que emergia num juncal, para matar a sede. Mas o sabor salgado foi tão desagradável, que acabou por comentar o sucedido ao chegar a casa. O seu pai e os vizinhos apressaram-se ir cavar no tal sítio, de onde surgiu o poço actual. 
As Salinas de Rio Maior têm oito séculos de história. Conta Casimiro Ferreira que, em 1177,  Pero d’Aragão e a sua mulher Sancha Soares terão vendido uma parte do poço e das Salinas à Ordem dos Templários. “Essa Ordem fez a compra e depois deverá ter doado a outras pessoas, aqui destas aldeias. A partir daí temos recebido as Salinas de geração em geração. É uma propriedade que tem 22 mil metros quadrados, mas é de cerca de 80 pessoas, que a têm recebido como herança”.
Nas Marinhas de Sal, o trabalho é idêntico ao que se faz à beira-mar. Mas é diferente o ambiente campestre e as casinhas de madeira em redor. Diferente é também o próprio estilo dos marinheiros e, claro, o poço que vemos ao centro, junto ao qual está ainda colocada, simbolicamente, uma picota, o engenho que no passado servia para  retirar a água salgada. Hoje é retirada com a ajuda de um motor e colocada, numa primeira fase, nos esgoteiros, depósitos através dos quais a água vai evaporando. Daí segue para os talhos, onde repousa durante seis dias, até evaporar por completo. Forma-se então no local um autêntico manto branco. O sal está pronto para ser colocado, em forma de pirâmide, nas chamadas eiras, onde fica a secar durante 60 horas. Por fim, é recolhido, tratado e comercializado. 
O sal que agora é depositado em grandes armazéns da Cooperativa, era antigamente colocado nas cerca de cem casinhas de madeira existentes nas Salinas, totalmente construídas em madeira, inclusive as fechaduras e respectivas chaves, para evitar a corrosão do sal. Também em tempos passados, algumas destas casas serviam de tabernas, por onde passavam os salineiros depois do trabalho. Aqui surgiram as chamadas réguas de escrita, feitas em madeira, que ainda hoje podem ser vistas nas  Marinhas de Sal. Cada uma delas representava a conta de um freguês, onde o taberneiro colocava, através de sinais, a despesa que o cliente ia fazendo ao longo da safra e os pagamentos efectuados. “Por exemplo, se o cliente bebesse um copo de vinho, o taberneiro desenhava um tracinho na régua. Um litro de vinho correspondia a uma bolinha e meio litro a uma bola com uma cruzinha ao meio. Era assim que as pessoas se guiavam”, explica Casimiro Fróis. O pagamento era sempre feito em sal. 
 
 
Açudes de Coruche
 
Conheça os vastos campos de charneca, terras de montado de sobro e também de pinheiro manso.
Coruche, na sua extensão agrícola e florestal, é o abraço ribatejano à vizinha terra alentejana. Contrariando a secura do clima e a agressividade da monotonia territorial, os seus açudes assumem-se como um oásis natural e paisagístico.
Situado na margem direita do rio Sorraia e com uma população de aproximadamente trinta mil habitantes, Coruche é um dos concelhos mais importantes do país na produção de cortiça e, ao mesmo tempo, um dos mais belos em termos paisagísticos. Do branco e azul das tradicionais casas sobressai, na Charneca, uma verdadeira paisagem natural com as Reservas Naturais dos Açudes do Monte da Barca e Agolada, autênticos refúgios em plena harmonia com a Natureza.
Espaços de tranquilidade e serenidade, estas são zonas arborizadas, com predomínio do sobreiro  do pinheiro manso. O rio Sorraia, de grande riqueza piscícola, completa este cenário verdadeiramente relaxante, onde o visitante pode praticar pesca desportiva e desportos aquáticos, como a canoagem.
Os passeios a pé são outro prazer de que se pode usufruir, aproveitando para descobrir a raríssima beleza deste concelho ribatejano e especialmente deste pequenino e tão peculiar mundo natural às portas de Lisboa.
 
 
Gruta de Alcobertas
 
A Gruta de Alcobertas, com uma extensão de 210 metros, atinge em alguns locais 9 metros de altura.
Em 1878, na obra "Portugal Antigo e Moderno", Pinho Leal dedica-lhe três páginas, considerando-a das mais belas grutas da Europa. No entanto, com o decorrer do tempo, esta gruta foi sendo danificada, chegando a estar encerrada ao público.
É de referir ainda o seu interesse arqueológico. Foram encontradas ossadas humanas do Paleolítico Superior (cerca de 15.000 anos / Homo Sapiens Sapiens). O Homem do Paleolítico Superior vivia em pequenas comunidades nómadas, habitava em acampamentos temporários, em grutas ou ao ar livre e alimentava-se da caça e da recolecção.
Actualmente, as visitas à gruta são possíveis em grupo e através de marcação junto do Gabinete de Turismo ou da Cooperativa Terra Chã.
 
Informações e marcação de visitas guiadas para grupos:
Cooperativa Terra Chã
Telefone: 243 405 292
Fax: 243 405 321
Gabinete de Turismo
Casa Senhorial d’El-Rei D.Miguel
Casa da Cultura João Ferreira da Maia
2040-249 Rio Maior
Telefone: 243 999 890/2
Fax: 243 999 899
 
 
Olho D'Água de Alcobertas
 
O Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros (PNSAC) constitui um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do nosso país, fenómeno típico das zonas cársicas, regiões calcárias erodidas pela acção das águas pluviais, onde se vão formar imensas cavernas e profundas fendas.
A nascente da Ribeira de Alcobertas é um pequeno oásis na aparente secura desta região, representando um dos poucos locais na área do Parque, onde a água, em relativa abundância, surge à superfície e permanece ao longo do ano.
Esta nascente foi ponto de abastecimento para animais e pessoas que percorriam vários quilómetros desde aldeias vizinhas, como Chãos e Casais Monizes, em busca da água que sempre escasseou na região.
Ainda hoje é utilizada para lavagem de roupa e faz mover a azenha que se encontra a poucos metros.
A Ribeira de Alcobertas atravessa parte do concelho de Rio Maior, ocupando uma área de 25.330 hectares ao longo de 25,6 km e junta-se com o Rio Maior na chamada Vala da Asseca, no concelho de Santarém, tornando-se afluentes do rio Tejo.
 
Informações e marcação de visitas guiadas para grupos:
Gabinete de Turismo
Casa Senhorial d’El-Rei D.Miguel
Casa da Cultura João Ferreira da Maia
2040-249 Rio Maior – Portugal
Telefone 243 999 890/2
Fax 243 999 899
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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